9 de abril de 2012

Portel reune educadores com vista para o futuro

      O município de Portel, no Marajó, reuniu, na semana passada,  centenas de educadores no Encontro de Gestão Territorial, um olhar marajoara sobre  a educação ribeirinha. Após três dias de intensos debates reunindo representantes do Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó, Codetem, do Instituto Peabiru, sindatos de trabalhadores rurais, universidades federais e estaduais,Ministérios da Educação do Meio Ambiente,  Seduc, Rede de Educação Cidadã, e prefeituras municipais do arquipélago que representam a Associação dos Municípios do Marajó, AMAM, e pelos membros das  secretarias municipais  de educação, foi formalizado uma carta dividida em sete eixos que permeiam as reivindiações mais importantes alí apresentadas.Essa carta será entregue às autoridades de Brasília por uma comissão comandada pelo presidente da AMAM, prefeito Pedro Barbosa, de Portel.
      O próprio grupo que participou dos debates vai apresentar o documento e apontar  demandas como a expansão do ensino infantil nas comunidades ribeirinhas, os curriculos voltados para as reais necessidades das comunidades, livros didatícos que contextualizem a realidade marajoara, a inclusão digital mesmo nas  escolas mais distantes através de energia solar e o acompanhamento permamnente dos conselhos tutelares nas escolas do campo.
     A carta pede ainda mais investimentos em ensino superior de graduação e pós-graduação, a implantação da Uniersidade Federal do Marajó com campus itinerante fluvial e cursos técnicos nas áreas da pecuária, piscicultura, agronomia, medicina, agronomia, dentre outros.
      Quando fala de gestão e financiamento público, a carta aborda o aumento dos investimentos do PNATE, considerando as complexidades geográficas do Marajó, aumento também nos investimentos da merenda escolar, com ênfase para a aquisição de produtos da agricultura familiar, manter um controle sobre os gastos púlicos através dos Tribunais de Contas da União e do Estado coma  realização de auditorias e que as prefeituras executem o Plano de Ações Articuladas juntamente coma  sociedade civil organizada.
     O fortalecimento de um Fórum Permanente de Educação a fim de discutir a problemática da região e a criação dos Conselhos de Controle Social também são citados na carta assim como a valorização dos professores  através do Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração. A carta recomenda a ampliação de oferta de concurso público para todos os profissionais da educação, eleição direta de diretores e vice-diretores das escolas e a ampliação de programas de formação em áreas como etnia, identidade cultural,sexualidade, educação do  ribeirinha dentre outras.

     No capítulo reservado à participação da sociedade, a carta recomenda o estímulo às associações  e cooperativas de comunidades extrativistas, quilombolas, segurança alimentar e o desenlvimento de tecnologia para aproveitameto de resíduos sólidos, além de criação de hortas escolares e criação de sistemas de produção alimentar com tecnologias de plantio e manejo.

     A carta encerra solicitando garantias dos programsa federais como Luz Para Todos, Caminhos da Escola, formação profissional continuada com apoio da Sagri, Emater, Senar e Sebrae, Programas Bolsa Verde e Bolsa Família, Apoio da CEF para atendimento das famílias marajoaras e a criação de programas que beneficiem as mulheres (mães) ribeirinhas.

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