O município de Portel, no Marajó, reuniu, na semana passada, centenas de educadores no Encontro de Gestão Territorial, um olhar marajoara sobre a
educação ribeirinha. Após três dias de intensos debates reunindo
representantes do Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó,
Codetem, do Instituto Peabiru, sindatos de trabalhadores rurais,
universidades federais e estaduais,Ministérios da Educação do Meio
Ambiente, Seduc, Rede de Educação Cidadã, e prefeituras
municipais do arquipélago que representam a Associação dos Municípios do
Marajó, AMAM, e pelos membros das secretarias municipais de
educação, foi formalizado uma carta dividida em sete eixos que permeiam
as reivindiações mais importantes alí apresentadas.Essa carta será
entregue às autoridades de Brasília por uma comissão comandada pelo
presidente da AMAM, prefeito Pedro Barbosa, de Portel.
O próprio grupo que participou dos debates vai apresentar o documento e apontar demandas
como a expansão do ensino infantil nas comunidades ribeirinhas, os
curriculos voltados para as reais necessidades das comunidades, livros
didatícos que contextualizem a realidade marajoara, a inclusão digital
mesmo nas escolas mais distantes através de energia solar e o acompanhamento permamnente dos conselhos tutelares nas escolas do campo.
A
carta pede ainda mais investimentos em ensino superior de graduação e
pós-graduação, a implantação da Uniersidade Federal do Marajó com campus
itinerante fluvial e cursos técnicos nas áreas da pecuária,
piscicultura, agronomia, medicina, agronomia, dentre outros.
Quando
fala de gestão e financiamento público, a carta aborda o aumento dos
investimentos do PNATE, considerando as complexidades geográficas do
Marajó, aumento também nos investimentos da merenda escolar, com ênfase
para a aquisição de produtos da agricultura familiar, manter um controle
sobre os gastos púlicos através dos Tribunais de Contas da União e do
Estado coma realização de auditorias e que as prefeituras executem o Plano de Ações Articuladas juntamente coma sociedade civil organizada.
O
fortalecimento de um Fórum Permanente de Educação a fim de discutir a
problemática da região e a criação dos Conselhos de Controle Social
também são citados na carta assim como a valorização dos professores através
do Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração. A carta recomenda a
ampliação de oferta de concurso público para todos os profissionais da
educação, eleição direta de diretores e vice-diretores das escolas e a
ampliação de programas de formação em áreas como etnia, identidade
cultural,sexualidade, educação do ribeirinha dentre outras.
No capítulo reservado à participação da sociedade, a carta recomenda o estímulo às associações e
cooperativas de comunidades extrativistas, quilombolas, segurança
alimentar e o desenlvimento de tecnologia para aproveitameto de resíduos
sólidos, além de criação de hortas escolares e criação de sistemas de
produção alimentar com tecnologias de plantio e manejo.
A
carta encerra solicitando garantias dos programsa federais como Luz
Para Todos, Caminhos da Escola, formação profissional continuada com
apoio da Sagri, Emater, Senar e Sebrae, Programas Bolsa Verde e Bolsa
Família, Apoio da CEF para atendimento das famílias marajoaras e a
criação de programas que beneficiem as mulheres (mães) ribeirinhas.
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