A
Companhia Docas do Pará administra o porto da cidade há tanto tempo que
se perde na memória. Os galpões, guindastes e trabalhadores ficaram
velhos e foram substituídos por outros homens e equipamentos mais
modernos como os containeres fechados que acomodam outro tipo de
mercadoria, muito diferente de um século atrás.
O
comércio mundial se modernizou, os navios estão maiores, as cargas têm
mais pressa em chegar, a economia paraense diversificou e hoje exporta
madeira trabalhada em móveis, trigo, cimento, 50% de cargas adequadas em
containeres,
E justamente quando a CDP quer introduzir melhorias nos galpões 11 e 12 dando espaço para maior movimento de cargas ampliando seu processo de embarque e desembarque, eis que surge o secretário de cultura Paulo Chaves, que vem capitaneando outras forças políticas, não se sabe sob qual intenção, para “melar” o novo projeto.
A fim de esclarecer à sociedade e mostrar quem tem razão nessa história, solicitei, como
membro da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, que os
deputados façam uma diligência junto à CDP, acompanhados de empresários
da FIEPA e FAEPA que têm interesse direto no porto.
Pretendemos
com isso dirimir dúvidas sobre a importância histórica dos galpões, a
solução do transportes de veículos pesados até o Porto, a importância da
modernização do porto para aquecer a economia do setor que emprega mais
de mil servidores e tantas outras questões que ainda não estão bem esclarecidas.
A
priori quero dizer que sou totalmente favorável às mudanças de
modernização dos galpões 11 e 12. Também sou favorável à criação da nova
via que vai ligar a Pedro Álvares Cabral através de uma
ponte sobre o canal da Doca que vai dar uma nova dinâmica àquele
corredor de tráfego. Hoje, o porto de Vila do Conde responde por 75% do
movimento de cargas; o de Belém, 15% e o Santarém, 10%. Com essas
mudanças, o porto de Belém terá movimento maior podendo receber navios
de 200 metros com capacidade para 60 tonelada ou pouco mais.
Para
se avaliar em termos econômicos, a CDP gera, com o porto, riqueza de
900 milhões de reais por ano sendo que 40% desse dinheiro fica para o
estado em forma de impostos e contribuições. Por isso, vamos reunir
todas as forças interessadas em investir na modernização o porto e
mantê-lo lá, gerando emprego, renda, e mantendo viva a história do Pará
como região estratégica para o Brasil se relacionar com o mundo.
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