Cerca de mil trabalhadores rurais da região de Altamira paralisaram hoje, 30 de agosto, pela manhã, o trevo da rodovia Transamazônica em direção ao Belo Monte e à Vitória do Xingu em protesto contra a indiferença dos governos federal e estadual em promover ações e políticas em benefício do campo e da cidade. Na tarde anterior, cerca de três mil trabalhadores e representantes de organizações sociais tendo à frente a Fundação Viver, Produzir e Preservar, participaram de um grande plenária no ginásio de esporte no bairro da Brasília, em Altamira, e apresentaram sua principasi reivindicações em um extenso documento com o tíitulo: Acampamento Xingu, o despertar para novos tempos. Nele estavam contidos um histórico dos movimentos sociais da Transamazôica que completa 20 anos, as conquistas e vitórias desses movimentos assim como a perda de muitas lideranaçs que tombaram sob o fogo de grileiros e grandes fazendeiros.
O documento faz menção aos grandes programas implantados pelo Governo como o Linhão de Tucuruí, O Programa Luz Para Todos, os assentamentos executados pelo INCRA e ITERPA, redução da grilagem de terras, a ampliação da justiça em suas diversas competências, o aumento dos investimentos em educação e na infraestrutura urbana.
Por outro lado, alguns problemas que são fundamentais para a região, principalmente com a construção da hbidrelétrica do Belo Monte pela Norte Energia, e que vai impactar tremendamente os municípios sob influência do projeto como Altamira, Vitória do Xingu, Senador Porfírio, Brasil Novo, dentre outros, estão demorando para serem executados. Os que tieram mais destaque são: a pavimentação da rodovia Transamazônica em toda sua extensão; a aceleração do Programa Luz Para Todos
que não chegou a diversos municípios; a pavimentação da BR 422, de Repartimento até Cametá e da PA 167, Senador José Porfírio/Belo Monte, manutenção das rodovias vicinais onde moram e produzem alimentos milhares de famílias e investimentos nos portos de Vitória do Xingu, Senador Porfírio e Porto de Moz.
A regularização fundiária e ambiental foi outro tema delicado do encontro. A criação de uma superintendência do INCRA na região, de três sedes avançadas em municípios chaves, criação da delegacia do programa Terra Legal em Altamira, a titulação de propriedades, regularização e consolidação de assentamentos e demarcação de terras indígenas são algumas das reivindicações apresentadas.
O desenvolvimento urbano foi outro tema bastante discutido como a construção de 11 mil casas populares nas áreas de influência do projeto, mais hospitais para atender a mais de vinte mil operários que irão trabalhar na hidrelétrica e a população desses municípios, sanemanto básico com água tratada, rede de esgoto e recolhimento de lixo e local apropriado para acondicionar e tratar esse lixo, dentre outros.
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