27 de junho de 2012

Produção de óleo de dendê tem de incorporar a agricultura familiar


     A produção de óleo e biocombustível à partir do dendê vai representar cada vez mais na cadeia produtiva e renovável de várias regiões do Pará. Os grandes investimentos da Petrobras, da Vale e de outras empresas do setor  no plantio, colheita, esmagamento  do fruto e extração do óleo têm feito dessa economia uma das mais promissoras para criação de emprego, renda e consumo.

Produção de óleo de dendê tem de incorporar a agricultura familiar

     A Biopalma da Amazônia, subsidiária da Vale,  inaugurou ontem em Moju, uma das maiores indústrias do setor com capacidade para produzir 25 toneladas de óleo por hora retirados de 120 toneladas de cacho de fruto fresco, aquele retirado da árvore e levada direto para a indústria.


     Várias autoridades se fizeram presentes ao evento como  colegas da Assembleia,  Nilma Lima e o deputado João  Salame, deputados federais, secretários de estado,  o prefeito de Moju, Iran Lima e de Concórdia do Pará, Elias Santiago,   o vice governador Helenilson Pontes, e a figura maior, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, velho companheiro do melhores tempos da CUT.


     Essa usina é de altíssima tecnologia , exigindo mão de obra mais qualificada. Um terço dessa produção será integrada pela agricultura familiar. Conversei com várias lideranças da VALE, inclusive o presidente, e pude ver que esse tema  preocupa a todos. Isso me deixa feliz porque sou um pequeno produtor,  trabalho na agricultura familiar e sei que esse é o melhor modelo de desenvolvimento sustentável em todos os sentidos. Eu não visitei ainda a Malásia, maior produtora do mundo de óleo de palma,  meu irmão, Avelino,  passou 30 dias lá, estudando o processo dos grandes grupos em parceria com a agricultura familiar, projetos integrados, que deram belos resultados. No Brasil essa parceria de grandes com pequenos produtores também vem resultando em bons frutos como nos estados de  Minas Gerais e  Rio Grande do.Sul. A  cultura da palma de dendê não pode se transformar em um grande latifúndio.Nem a Vale tampouco a  Petrobras pretendem constituir esse modelo.  As empresas querem dividir, integrar a agricultura familiar nesse projeto. Mas o pequeno produtor não pode produzir apenas dendê. É preciso que ele continue a ter seu roçado de mandioca, produzir farinha, criar animais e aves, plantar um belo pomar com frutas variadas,  desenvolver a  horticultura,  buscar alternativa na criação de peixe em cativeiro, que tem dado bons resultados. Esse é o caminho que considero o mais benéfico a médio e longo prazo para o crescimento de nossa economia sem abrir mão de nossas raízes amazônidas.

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