Há muitos anos nossa capital carece de um terminal
hidroviário de passageiros para embarcações de grande porte, com capacidade para
até mil passageiros e muitas toneladas de cargas. No governo Ana Júlia, a Secretaria Estadual de Transportes (SETRAN),
sob o nosso comando, iniciou as obras do
novo terminal na antiga área da ENASA, na rodovia Arthur Bernardes, depois de
um completo estudo de viabilidade junto à Marinha, ao Meio Ambiente e a outros
setores ligados à navegação fluvial em nosso Estado.
Ao apagar das luzes do nosso governo, a SETRAN concluiu a primeira etapa das obras como a estação de passageiros, o pier, os acessos e os espaços necessários para iniciar seus funcionamento. Projeto de linhas arquitetônicas arrojadas porém sem luxo, de grande benefício à população, aos proprietários de embarcações e ao próprio governo que passaria a ter maior controle da circulação de mercadoria, de pessoas, de drogas e armas.
Para surpresa nossa e
da sociedade, o governo eleito abandonou o o terminal do que jeito que estava, não deu andamento às obras
da 2° etapa e agora vem anunciando que considera o projeto inviável e quer
sepultar toda a obra já existente.
A Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, a qual
eu pertenço, enviou um grupo de parlamentares ao canteiro das obras paralisadas
e o que se viu foi um abandono total. O mato tomando conta de tudo, a ferrugem
ameaçando os equipamentos já instalados, a chuva e o sol fazendo estragos nas
obras já construídas, uma tristeza.
Os argumentos apresentados pelo governo estadual não
convecem. Nas entrelinhas dos argumentos ve-se claramente um intenção política
de inviabilizar essa obra de primeira grandeza que irá atender embarcações que fazem
linhas para Macapá, Santarém, baixo Amazônas, ilha do Marajó e Manaus. E porque
essa decisão? Me parece mera picuinha política a fim de denegrir a imagem do
governo do PT e da ex governadora Ana Júlia. Eles só não contavam que a
imprensa teria ponto decisivo na história e vendo que a repercussão seria
negativa, o secretário Paulo Chaves entrou logo na história e agora ninguém sabe no que vai dar essa celeuma. Queremos que
o projeto tenha continuidade com as eventuais correções que possam ocorrer mas
que seja respeitado o projeto do terminal que não pode ficar ao sabor das marés
como os flutuantes instalados lá.
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