15 de setembro de 2011

Quando os embates políticos superam a razão


Há muitos anos nossa capital carece de um terminal hidroviário de passageiros para embarcações de grande porte, com capacidade para até mil passageiros e muitas toneladas de cargas. No governo Ana Júlia,  a Secretaria Estadual de Transportes (SETRAN), sob o nosso comando,  iniciou as obras do novo terminal na antiga área da ENASA, na rodovia Arthur Bernardes, depois de um completo estudo de viabilidade junto à Marinha, ao Meio Ambiente e a outros setores ligados à navegação fluvial em nosso Estado.

Ao apagar das luzes do nosso governo, a SETRAN concluiu a primeira etapa das obras como a estação de passageiros, o pier, os acessos e os espaços necessários para iniciar seus funcionamento. Projeto de linhas arquitetônicas arrojadas porém sem luxo, de grande benefício à população, aos proprietários de embarcações e ao próprio governo que passaria a ter maior controle da circulação de mercadoria, de pessoas, de drogas e armas.
 Para surpresa nossa e da sociedade, o governo eleito abandonou o o terminal  do que jeito que estava, não deu andamento às obras da 2° etapa e agora vem anunciando que considera o projeto inviável e quer sepultar toda a obra já existente.
A Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, a qual eu pertenço, enviou um grupo de parlamentares ao canteiro das obras paralisadas e o que se viu foi um abandono total. O mato tomando conta de tudo, a ferrugem ameaçando os equipamentos já instalados, a chuva e o sol fazendo estragos nas obras já construídas, uma tristeza.
Os argumentos apresentados pelo governo estadual não convecem. Nas entrelinhas dos argumentos ve-se claramente um intenção política de inviabilizar essa obra de primeira grandeza que irá atender embarcações que fazem linhas para Macapá, Santarém, baixo Amazônas, ilha do Marajó e Manaus. E porque essa decisão? Me parece mera picuinha política a fim de denegrir a imagem do governo do PT e da ex governadora Ana Júlia. Eles só não contavam que a imprensa teria ponto decisivo na história e vendo que a repercussão seria negativa, o secretário Paulo Chaves entrou logo na história e agora ninguém  sabe no que vai dar essa celeuma. Queremos que o projeto tenha continuidade com as eventuais correções que possam ocorrer mas que seja respeitado o projeto do terminal que não pode ficar ao sabor das marés como os flutuantes instalados lá.

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