24 de janeiro de 2013

Deputado cobra ações contra escalpelamento

       O chefe de assessoria parlamentar do Ministério da Saúde, Leopoldo Alves Neto, e o Capitão-de-Mar-e-Guerra da Marinha do Brasil, Francis Pereira Valle, responderam ofícios do deputado Valdir Ganzer, anunciando as medidas que vêm sendo adotadas na prevenção e tratamento de pessoas escalpeladas por eixos de motores de embarcações ou de outros equipamentos. Em 2012 a Secretaria Estadual de Saúde identificou um aumento significativo de acidentes dessa natureza que vinham diminuindo nos últimos anos. Ganzer, que tem acompanhado as ações da Marinha e do Ministério dfa Saúde, deu o sinal de alerta através de pronunciamento em plenário e enviou oficio às instituições no sentido de redobrar as ações preventivas e ampliar os cuidados com as vítimas e seus familiares.

      O deputado apontava que as vítimas de escalpelamento, a maioria do Marajó, depende da prefeitura para o Tratamento Fora de Domicílio (TFD) que recebe os recursos do Ministério da Saúde. " Algumas prefeituras se negavam a oferecer às vítimas viagens em camarotes que são mais caras que nas redes enquanto que a recomendação médica é que elas durmam em cama ", argumenta o deputado. Através da resposta do Ministério da Saúde, sabe-se que as despesas com deslocamentos intermunicipais são atribuições das secretarias municipais de saúde e a ajuda de custo para TFD está incorporados ao teto de média/alta complexidade. Segundo Ganzer, o Ministério desponibiliza recursos necessários. " Há uma falta de sensibilidade por parte de alguns administradores ", reconhece o deputado.
     Quanto ao ofício da Marinha, a instituição sugere parcerias com os demais poderes para campanhas de esclarecimento com folder's, cartazes, camisas, banners e outras mídias a fim de orientar e conscientizar as populações ribeirinhas dos perigos de embarcações sem os protetores de cobertura dos eixos. Informa também que prosseguem as campanhas de instalação de coberturas de eixos mas reconhece que fiscalizar todo o arquipélago e outras regiões como o baixo Amazônas, Tocantins e Xingu é humanamente impossível.
     À partir dessas informações, Ganzer pretende apresentar uma proposta de ações conjuntas envolvendo principalmente as secretarias municipais de saúde e a do Estado, que mantém uma boa estrutura técnica, hospitalar e de abrigo, a fim de traçar políticas que humanizem ainda mais o atendimento às vítimas tanto na capital quanto em seus locais de origem. E que as prefeituras mantenham campanhas nas escolas, igrejas, associações e clubes recreativos de prevenção ao escalpelamento. " Vamos ampliar nossas ações preventivas para outros motores seja de bater açaí ou oficinas de fundo de quintal onde os acidentes também acontecem " alerta o deputado.

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