11 de março de 2011

ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES DE BUJARU COMEMORAM ANIVERSÁRIO


Com a presença do Dep. Valdir Ganzer a ABAA (Associação de Agricultores e Agricultoras de Bujaru) completou 15 anos de existência e promoveu grande festa no salão paroquial da própria cidade. Eram muitas as razões para comemorar.
Exemplo clássico é o próprio presidente da Associação, Osmar Cordeiro, 38 anos, três filhos e de seu irmão, Paulo Sérgio, solteiro. Os dois viviam basicamente do cultivo da mandioca e do açaí retirado sem muita técnica nem manejo. Vida difícil, como Osmar fez questão de frisar em sua fala.
Com a ABAA, tudo começou a mudar. Primeiro através da apicultura, que os irmãos rapidamente trataram de aprender todo o procedimento de produção. Em poucos anos eles tinham mais de sessenta colmeias produzindo mel. “Com pouco capital investido, nossa vida melhorou muito”, conta ele, orgulhoso. Com a renda do mel, os irmãos passaram a investir no sítio de 75 hectares à beira da PA – 140.
Hoje eles têm mais de 4 mil pés de açaí, 400 pés de cacau sombreados com madeira nobre como ipê, acapu, mogno e ainda 370 árvores de andiroba. “Galinha só crio para comer”, arremata.
Os dois voltaram a estudar, estão completando o ensino médio e sonham em fazer seus filhos cursarem a universidade.
Rosicleide de Castro Soares, secretária e uma das artífices da associação, atesta que 49 famílias fazem parte da associação e a tendência é se expandir de acordo com o sucesso alcançado pelos associados. “Temos de buscar no contexto amazônico meios de tirar as famílias da monocultura e abrir perspectivas para novos projetos na produção de alimentos”, destaca.
O jovem Deibe Gomes emocionou a todos com sua fala durante o evento. Ele mostrou que a agricultura familiar rural é viável, lucrativa e com alguma técnica é possível se trabalhar menos e ganhar mais. “Meus pais viviam de roçado de mandioca e açaí da mata, mas a nova geração tem a obrigação de buscar alternativas que dê dignidade para as famílias criarem seus filhos e melhorarem sua renda”, ressalta.
A festa contou com representantes do movimento Cáritas, da igreja católica, de lideranças políticas e comunitárias ao som de muita música, coreografia através de “místicas”, lanche regional à base de milho e macaxeira cozidos, castanha do Pará, tapioca e frutos regionais além de almoço para todos os presentes.

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