Senhores deputados,
Amanhã , dia 1º de dezembro, se comemora o Dia Mundial da Luta Contra a Aids, essa doença que acomete pessoas de todas as classes sociais, principalmente as mais pobres como na África, onde os índices de infecção são alarmantes.
Segundo os números divulgados pela Organização das Nações Unidas, 34 milhões de pessoas portavam o vírus da Aids em 2010, um número recorde atribuido aos medicamentos e tratamentos desenvolvidos recentemente que prolongam a vida das pessoas infectadas cujo acesso tem sido maior em todo mundo, ressalta os estudos da ONU.
O que há alguns anos era praticamente impossível, dar fim ou ao menos controlar a epidemia da doença no mundo, de repente, graças aos esforços da medicina, o apoio político e a conscientização das camadas sociais começam a surtir efeito e a doença já está sendo controlada com tratamentos para os infectados e campanhas de prevenção.
Em 2010, cerca de 2,7 milhões de pessoas contrairam Aids incluindo 390 mil crianças. Parece muito mas se comparado a 2001, esse número diminuiu em 15%.
No Pará, de 2006 até junho de 2010, foram computados pela Secretaria Estadual de Saúde 5.044 caos de Aids com 2.187 óbitos. Pouco mais de 1.440 eram homens e 729 eram mulheres.
O jornal O LIBERAL de hoje, dia 29, estampa a manchete que três pessoas morrem da doença a cada dois dias no estado, a sexta maior taxa de mortalidade do Brasil. E os números não param de crescer com grande incidência em municípíos como Paragominas, Benevides, Ananindeua , Marituba e Redenção, considerados desenvolvidos, bem estruturados em termos de saúde pública, com boa renda per cápita da população.
Uma nova estatística deverá ser divulgada oficialmente amanhã dando números atualizados da luta da medicina contra essa terrível doença que vem exigindo esforços concentrados de autoridades em todo mundo. E não é para menos. Basta analisar os números divulgados pla ONU nos continentes.
América do Norte – 1, 3 milhões de infectados sendo 58 mil novos casos em 2010.
Europa Ocidental e Central – 840 mil contrairam o vírus – 30.000 em 2010.
Ásia meridional e do sudoeste – 4,1 milhões de casos – 270 mil em 2010.
África 22, 9 milhões de pessoas portam o vírus- em 2009 eram 22,5 milhões.
América Latina – Em 2010 eram 1,5 milhões de casos – Em 2001 eram 1.3 milhões.
Esses números mostram um quadro preocupante em países de baixa escolaridade e baixo IDH.
Na América Latina, onde se inclui o Brasil, os índices de contaminação andam em torno de 0.4% ao ano enquanto o número de óbitos atingiu 67 mil.
A pesquisa demonstra que o número de óbitos em todo mundo caiu, assim como o de pessoas infectadas e principalmente de bebês portadores da doença que diminiu de 550 mil em 2001 para 390 mil em 2010 graças aos trabalhos de prevenção durante a gravidez.
A ampliação do tratamento antirretroviral conseguiu evitar a morte de 2,5 milhões de pacientes segundo ONU , desde 1995, sendo 700 mil somente em 2010 graças ao desenvovimento de medicamentos mais eficientes no combate ao vírus. E o mais interessante, o uso do remédio diminui em até 96% a contaminação pelo HIV entre casais onde apenas um é soro positivo, uma estatística das mas positivas no campo da Aids.
A nova campanha que será lançada pelo Ministério da Saúde terá como foco principal as mulheres entre 13 e 29 anos e homens que praticam sexo com outros homens na idade de 13 a 24 anos. Essa campanha vai se estender até o período do carnaval onde serão utilizados todos os meios de comunicação inclusive as redes sociais, onde os jovens estão sempre sintonizados.
A nossa maior preocupação são com os números da região norte que segundo a ONU, têm avançado na estatítisca da doença em relação às outras regiões onde eles encolhem a cada ano. A fragilidade do Sistema Único de Saúde, dificuldades físicas e de gestão e maior sensiblização dos governantes são alguns itens apontados para mudar esse quadro da doença, aliado aos cuidados que todos devem ter na prevenção como uso de preservativos, não compartilhar seringas injetáveis e de preferência ter parceiro fixo. Infelizmente, no interior da Amazônia, a população é pouca esclarecida, as campanhas governamentais não alcançam a todos e o sexo é praticado sem muito cuidado, basta ver o número de adolescentes grávidas.
Acreditamos que em poucos anos teremos uma vacina eficiente contra o HIV. O apelo sexual dos meios de comunicação tem levado os jovens a buscarem o prazer do sexo cada vez mais cedo. A Igreja insiste na manutenção do celibato entre os jovens até a consumação do casamento e na monogamia da relação. Seja qual for a decisão de cada um, não se concebe mais a relação sexual sem responsabilidade onde momentos de prazer podem significar um calvário de sofrimentos para o doente, sua família e as pessoas amadas.
O Governdo o Estado, as Prefeituas Muncipais, Câmaras de Vereadores, empresários, comerciantes, educadores, associações e sindicatos, todos devem se engajar nessa luta contra o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. É dever de todos e compromisso social desenvolver ações de prevenção e conscientização acercad e doença e se preciso tratamento e assistência às pessoas portadoras da doença.
Belém, 30 de novembro de 2011
VALDIR GANZER
Dep. estadual
Pronunciamento do deputado Valdir Ganzer alusivo ao dia Mundial de Luta Contra a AIDS.
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